Clipping – Estadão Imóveis – Preços de imóveis residenciais mantém viés de alta em outubro

 

O preço dos imóveis residenciais subiu 0,59% em outubro, seguindo a tendência de crescimento observada pelo setor nos meses de agosto (+0,60%) e setembro (+0,60%). De acordo com o Índice FipeZAP+, Balneário Camboriú (SC) tem o metro quadrado residencial mais caro do Brasil, custando em média R$ 11.066.

Entre as capitais, a líder é novamente São Paulo (R$ 10.129). Vitória completa o top 3 de cidades com o m² mais valorizado do Brasil (R$ 10.092). O município capixaba, aliás, foi o que registrou a maior alta de outubro: 3,05%, à frente da evolução observada em Balneário Camboriú (+3,03%) e Manaus (+2,02%), que também se destacaram no mês.

“Vitória, assim como Florianópolis, Balneário Camboriú e outras cidades litorâneas oferecem uma qualidade de vida que se tornou bastante almejada durante a quarentena e o crescimento do home office“, justifica Pedro Tenório, economista do DataZAP+. “Porém, esses são locais com pouca oferta de imóveis residenciais, o que explica a aceleração de preços que vemos desde o início da pandemia.”

Logo atrás de São Paulo e Vitória, as capitais com valor médio por metro quadrado mais alto de outubro foram Rio de Janeiro (R$ 9.852/m²), Florianópolis (R$ 9.417/m²) e Brasília (R$ 8.779/m²). Enquanto isso, considerando as capitais federais com menor preço médio de venda residencial, estão Campo Grande (R$ 4.991/m²), João Pessoa (R$ 5.367/m²), Salvador (R$ 5.679/m²), Goiânia (R$ 5.992m²) e Manaus (R$ 6.036/m²) .

Das 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ em outubro, apenas cinco não registraram elevação nos valores de venda de imóveis residenciais: Brasília (DF), Salvador (BA), Contagem (MG), Canoas (RS) e Niterói (RJ). Para Pedro, essa estabilidade de crescimento ainda é reflexo do ano ímpar que foi 2021 para o setor imobiliário.

“Em geral, a atividade de compra e venda residencial tem caído em 2022, o que é natural depois de um ano impressionante”, pontua o economista. “Há uma certa rigidez de preços e ciclos muito longos no mercado imobiliário. O que aconteceu há meses ou mesmo anos atrás ainda impacta nos dias de hoje”, acredita.

Ele pressupõe que em 2023 essa tendência sofra uma leve queda, mas se a inflação se estabilizar em cerca de 4% a 5%, a influência não deve ser tão forte. “A gente esperava uma queda maior, mas isso tem acontecido de forma lenta e gradual”, comenta.

O balanço consolidado do Índice até o momento aponta para uma alta nominal acumulada de 5,35% no ano, sendo que a alta nominal abrangeu 49 das 50 cidades. Apenas Canoas registrou queda de valorização no último ano.

 

Fonte: Estadão Imóveis