Clipping – Casa Vogue – 5 dicas para organizar o orçamento para um financiamento imobiliário

A taxa básica de juros brasileira, denominada Taxa Selic, ainda continua entre seus menores níveis históricos, a 2,75% ao ano. O nível reduzido reflete diretamente nos custos do financiamento imobiliário e faz com que este seja o momento ideal para financiar a casa própria, visto que, em muitos casos, o valor das parcelas pode ser semelhante ao do aluguel. No entanto, para que esta seja realmente uma boa oportunidade, é necessário ter um bom planejamento financeiro.

“Planejar não é só sonhar e querer, é entender suas reais necessidades e possibilidades financeiras. Muitas vezes nos frustramos porque queremos algo que está fora das nossas possibilidades, para isso o ideal é ter os ‘pés no chão e fazer contas'”, explica Fernanda Machado, cofundadora da empresa de crédito imobiliário Felí. Segundo ela, o planejamento é o primeiro passo a ser tomado ao pensar em comprar um imóvel, que deve ser feito de forma cautelosa e paciente.

Aqui em Casa Vogue, já mostramos como organizar as finanças para alugar um imóvel. Desta vez, reunimos cinco dicas para te ajudar a evitar endividamentos na hora da compra. Confira!

1. Entenda como funciona o processo de compra

O primeiro passo para evitar dores de cabeça na hora de comprar um imóvel é procurar um especialista para entender como funciona o processo de crédito imobiliário. Além disso, é importante ainda consultar o banco para entender qual é o seu potencial de financiamento e quanto de crédito é possível contar. Esta etapa é fundamental para evitar surpresas e garantir que você consiga se planejar de forma adequada. “Você também será orientado sobre qual documentação deverá ter em mãos e quais são os custos do processo”, diz Fernanda.

2. Poupe dinheiro e faça uma reserva de emergência

Ter uma reserva financeira é possivelmente o passo mais importante antes da compra de um imóvel. Após entender quais são os possíveis custos que você terá com a compra, é fundamental guardar um valor em dinheiro para pagar a entrada da propriedade e também para possíveis emergências que possam surgir antes e durante o pagamento das parcelas.

Além disso, Fernanda ressalta que é importante não guardar dinheiro pensando somente no valor do imóvel, mas também na taxa de concessão do financiamento, nos custos com documentação e até em possíveis reformas que poderão ser feitas na propriedade. “Isso acaba ficando um pouco pesado no início e buscar crédito pessoal não vale a pena, na maioria das vezes, por conta dos juros altos e do risco de, posteriormente, ficar endividado”, explica ela.

3. Encontre uma imobiliária adequada ao seu perfil

Após adequar as suas necessidades ao seu perfil financeiro, o próximo passo é buscar um corretor de imóveis ou uma imobiliária de confiança. Neste momento, é importante fazer uma busca cautelosa para encontrar profissionais que ofereçam bons imóveis, voltados ao que você busca e em uma faixa de preço adequada ao seu orçamento. “A compra de um imóvel é um passo importante que deve ser planejado e analisado. Por isso, é importante não deixar a ansiedade tornar o sonho um pesadelo”, ressalta a cofundadora de Felí.

4. Avalie as taxas de juros de diferentes bancos

Outra dica importante para o planejamento financeiro na hora de comprar um imóvel é cotar o financiamento em mais de um banco, além de levar as propostas já recebidas para a instituição financeira que você costuma utilizar. Além disso, é importante manter um perfil financeiro saudável para conseguir melhores taxas. “O cliente deve apresentar também baixo risco ao banco, ou seja, comprovar todos os seus rendimentos, bens e investimentos, manter as suas contas em dia e não estar endividado com outros financiamentos”, explica Fernanda.

5. Se possível, potencialize o valor de entrada

Por fim, após se organizar financeiramente, buscar especialistas e encontrar o imóvel adequado ao seu perfil, é hora de pensar no valor de entrada. De acordo com a cofundadora da Felí, os bancos costumam financiar até 80% do imóvel, portanto, 20% é o montante que costuma ser pago de entrada. No entanto, potencializar este valor reduz o preço das parcelas que serão pagas posteriormente e pode proporcionar um fluxo de pagamento mais tranquilo.

“Reforço que tudo isso irá depender do perfil do cliente, da sua renda e do prazo disponível”, salienta Fernanda. Assim, é necessário levar em consideração quais são os seus rendimentos e gastos para dar de entrada um valor que seja sustentável financeiramente.

Fonte: Casa Vogue