Clipping – Portal Contábeis – Selic ainda não deve impactar setor imobiliário

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A Selic foi o principal propulsor para o sucesso do mercado imobiliário em 2020, apesar da crise econômica nos outros setores causada pela pandemia. Porém, na última semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu em reunião um novo patamar para a taxa de juros básica. Com isso, a Selic saiu de 2% para 2,75%.

Com a elevação da taxa, que manteve seu recorde mínimo de 2% por mais de 6 meses, a previsão do mercado é que ela possa subir ainda mais, podendo chegar até a 5%.

Selic e o setor imobiliário

Essa previsão é uma preocupação para o setor imobiliário e a maior dúvida é se os financiamentos de imóveis vão encarecer daqui para frente. Para Bruno Gama, CEO da CrediHome, mesmo com uma flutuação, o mercado imobiliário não deve ser impactado e os preços de imóveis não irão sofrer grandes reajustes.

“Apesar de uma previsão de flutuação, a Selic deve ficar no patamar baixo. Isso permite que toda a base da cadeia imobiliária nacional continue sendo beneficiada, incluindo o incorporador e construtor que consegue tomar um crédito mais acessível para iniciar uma obra, trazendo  impacto direto no custo geral da construção. O comprador final também se beneficia, porque tem um acesso ao crédito mais barato. Por exemplo, um financiamento imobiliário hoje em 2021 tem basicamente a metade do custo final de um financiamento imobiliário de cinco anos atrás, ou seja, ele paga menos juros. Com isso, o cenário do setor continua positivo”, explica Gama.

Gama ainda explica que a mudança do comportamento das pessoas em relação à moradia vai continuar contribuindo para o aquecimento do mercado imobiliário.

“A gente vê um movimento muito claro quando a taxa de juros está baixa, que é a migração de locação para compra, porque cada vez mais os clientes percebem o valor que ele paga em um aluguel, hoje é possível pagar uma parcela de financiamento. Então o resultado final para o setor imobiliário continua sendo bastante positivo e equilibrado no todo, quando se observa uma parte ainda grande da população olhando a moradia de um jeito diferente. Não é só a questão econômica que pesa, também tem a questão comportamental em que percebemos uma mudança nas famílias que buscam um jeito mais adequado e melhor de morar, com a adequação de número de cômodos em uma residência, a adequação do tipo de móvel, aos que desejam sair de um apartamento para uma cobertura, e também daqueles que preferem sair das capitais e migrarem para o interior. Essas movimentações trazem uma dinâmica importante no mercado imobiliário, em uma espiral positiva”, finaliza.

Fonte: Portal Contábeis