Clipping – Jornal Contábil – Vale a pena trocar financiamento imobiliário por um consórcio?

Realização maior para boa parte dos brasileiros, a conquista do próprio lar trata-se de um divisor de águas que estabelece para sempre o futuro de uma família. Por ser um movimento grande e de certa forma definitivo, exige profunda reflexão sobre onde morar, quando se mudar e, principalmente, como comprar.

Imagine que você já buscou apartamentos a venda em Copacabana por meses e achou o espaço ideal. Com a conclusão dessa etapa, fica a dúvida de qual é a melhor forma de pagamento para adquiri-lo. O pagamento à vista é uma boa pois é possível barganhar melhor o valor do imóvel, mas é inviável para a maioria das pessoas que moram nesse país. Outras duas modalidades bastante populares de pagamento são o financiamento imobiliário e o consórcio. Nesse artigo vamos falar um pouco mais sobre eles.

Como funciona o financiamento imobiliário?

Forma mais acionada por quem busca comprar um apartamento no Brasil, o financiamento imobiliário é um dos métodos mais simples e corriqueiros de se alcançar esse sonho. Uma vez escolhido o imóvel que se pretende financiar, você deve escolher a instituição bancária onde pretende dar entrada nesse financiamento.

Geralmente os bancos pedem documentos como RG, CPF, comprovante de estado civil e de endereço, declaração de imposto de renda, entre outros para fazer a análise do seu pedido. Uma vez aprovado o seu financiamento, basta pagar o valor de entrada (entre 20% e 30% do imóvel, dependendo do banco) e começar a pagar no mês seguinte as parcelas do seu financiamento – que pode ser de até 35 anos, uma condição bastante flexível para que você pague as parcelas com tranquilidade.

Vantagens e desvantagens do financiamento imobiliário

Como descrito acima, a aprovação de um financiamento é muito simples e o valor para a compra do imóvel desejado sai muito rápido. O pagamento a longo prazo também é uma das grandes vantagens dessa modalidade, mas ao mesmo tempo pode ser vista como um problema.

Isso se deve ao fato de que a quitação a longo prazo implica no pagamento de juros em torno de 7% ao ano atrelados a cada parcela. Além disso, o financiamento compromete a sua renda mensal durante todo o tempo que está sendo quitado. Ou seja, são anos recebendo o seu salário e sabendo que parte dele vai para o pagamento do imóvel. É preciso refletir sobre a viabilidade desse comprometimento!

Como funciona o consórcio?

Antes de mais nada, você precisa definir o valor do imóvel que deseja comprar. Essa reflexão é bastante importante pois é a tomada de decisão que define qual será o tamanho das parcelas que você irá pagar – levando em consideração, é claro, sua renda mensal. Depois, é necessário adquirir a cota de um consórcio que é oferecido por administradoras que possuem cartas de crédito. Funciona basicamente como um financiamento conjunto.

A seguir, para ser contemplado você pode seguir de duas formas distintas. A primeira, por sorteios mensais promovidos pela empresa contratada. Uma vez que você é sorteado, basta entregar os documentos necessários para ter acesso à sua carta e comprar o apartamento. A outra forma funciona basicamente como um leilão. Os cotistas dão lances e o maior deles adquire a carta. Caso você não seja o vencedor, o valor utilizado no lance estará pagando as parcelas futuras do consórcio.

Quais são as vantagens e as desvantagens do consórcio?

Primeiro, é preciso compreender que a modalidade funciona muito bem para quem não tem pressa em adquirir um imóvel. Tanto aguardar o sorteio quanto juntar recursos para dar bons lances exigem tempo e paciência.

Mas toda essa espera é recompensada! Bens comprados com cartas de crédito são quitados à vista, o que quer dizer que você terá um altíssimo poder de barganha na hora de fazer negócio. Além disso, os valores referentes à documentação e às taxas da transação também podem ser quitados com a carta de crédito.

Conclusão

Aqui não há mistério. Se você deseja adquirir um imóvel imediatamente, o financiamento imobiliário foi feito para você. Caso você não tenha pressa em se mudar ou comprar um novo espaço, o consórcio é a melhor opção, pois os valores pagos mensalmente para a participação não são atrelados a juros.

Fonte: Jornal Contábil

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