Segundo o sócio-diretor da Factual Negócios Imobiliários, Anselmo Aragon, é importante saber qual é o perfil do cliente, objetivos e necessidades, além de levar em conta o plano de vida e de carreira, orçamento disponível e, claro, o planejamento financeiro.
“Inicialmente, considerava-se a locação de imóveis mais atraente financeiramente porque, a princípio, os custos iniciais do processo eram menores do que o financiamento. Mas com a queda de juros recente, o cenário mudou”, destacou.
Os juros no banco estão variando entre 6% e 8% ao ano. Comparando os números dos últimos dois anos, casas e apartamentos estão até 35% mais acessíveis. De acordo com Aragon, essa queda deixou investimentos conservadores para trás na questão da rentabilidade. Desde então, a recomendação de deixar o dinheiro de um financiamento aplicado e pagar o aluguel com o rendimento da ação se tornou dispensável.
O aluguel causa limitações à vida do morador, afinal, é preciso seguir as regras do locatário. “Ao comprar um imóvel, o proprietário tem a liberdade para reformas e fazer qualquer mudança necessária. Além disso, pode contar como uma forma de investimento e até vender, caso necessário”, enfatizou.
Quando não vale a pena adquirir um imóvel
Apesar da queda de juros, o especialista afirma que a aquisição imobiliária não é a melhor opção para quem tem menos de 50% do valor do imóvel para oferecer de entrada.
“Quem não tem alguma quantia guardada, pode sofrer com juros do banco, que tende a elevar as taxas por entender que é um investimento arriscado. Por isso, é melhor recorrer à compra apenas após certo planejamento financeiro”, ressalta Aragon.
Além disso, o especialista reforça que pessoas que gostam de flexibilidade e de renovar os ares constantemente, devem pensar com sabedoria sobre a compra. “Caso não queira passar muito tempo no mesmo lugar, é melhor alugar”, disse.
Fonte: G1