Com uma reação especialmente em junho, os financiamentos imobiliários com recursos da poupança no Rio Grande do Sul conseguiram fechar o primeiro semestre em R$ 5,069 bilhões. O número é alto, mas fica quase 5% abaixo do mesmo período do ano passado, mesmo com uma inflação de dois dígitos no último ano. Os dados foram enviados à coluna pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O montante de crédito foi usado para financiar 22.843 unidades. São quase 1,7 mil a menos do que no ano passado no fechamento do semestre, mas o resultado foi melhorando com o passar dos meses até junho, que foi melhor do que o mesmo mês do ano passado. A expectativa da entidade é positiva para o segundo semestre.
– Este ano deve ser o segundo melhor ano da história, perdendo apenas para 2021 – diz José Ramos Rocha Neto, presidente da Abecip.
O preço dos imóveis subiu no período, principalmente com alta dos materiais de construção e demais insumos do setor. Além disso, a alta do juro também impacta o setor. Ainda segundo a Abecip, a Caixa Econômica Federal lidera a liberação de recursos tanto para construção, quanto para compra de imóveis. Depois, vêm Itaú e Bradesco.
Construção
Ainda no setor imobiliário, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) fechou o balanço nacional do segundo trimestre. Tanto na comparação com os primeiro três meses do ano quanto com o mesmo período de 2021, houve queda de 23% no lançamento de unidades na Região Sul. A queda só é menos intensa do que no Nordeste.
Lançamentos no Sul
2º trimestre de 2021: 13.572 unidades
1º trimestre de 2022: 13.495 unidades
2º trimestre de 2022: 10.336 unidades
Fonte: GZH
