Clipping – G1 – O que esperar do mercado de imóveis após a pandemia de Covid-19?

De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em 2021 houve um crescimento de 32% nas negociações de imóveis de médio e alto padrão em relação aos anos anteriores. “Realmente, com a pandemia, as pessoas entenderam que vale a pena investir em imóveis que tenham mais espaço. Por isso, os valores inflacionaram no final do ano passado. Vale lembrar que, quanto mais alto o valor do imóvel, mais caro fica o financiamento. E isso torna o consórcio muito mais vantajoso para imóveis de alto padrão, pois a taxa é fixa inclusive para o grupo com cota de R$ 1 milhão, lançado recentemente pela Ademicon”, explica Andre Marini, diretor licenciado da empresa que há 30 anos atua no mercado e foi pioneira no consórcio de imóveis no Brasil.

Uma pesquisa inédita, feita pela Abrainc em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, avaliou os critérios de escolha de 850 compradores de imóveis em 2021. A conclusão é de que, para 60% deles, a localização era o mais importante. Além do bairro, outros fatores relevantes, como estar perto de mercado (40%), de farmácias (28%) e de hospitais (12%) também entraram na “conta”, que colocou o critério de valor do imóvel com 19% de importância no momento da compra. O que, mais uma vez, mostra a tendência por comodidade e praticidade em cenários como o que vivemos ao longo da pior fase da Covid-19.

Podemos somar isso à uma tendência internacional, que está chegando com força ao Brasil: colaborações com marcas de luxo. As grandes incorporadoras têm buscado parcerias com grifes e marcas, para oferecer um design diferenciado, acabamento de luxo e valor agregado aos empreendimentos. Em São Paulo, Balneário Camboriú e Itajaí já existem projetos com essa intenção, por exemplo.

Consórcio x vantagens de financiamento apresentadas pelo Governo para 2022

Em um dos principais seminários brasileiros sobre construção civil, o Summit Abrainc 2022, que foi realizado em março, o Governo anunciou algumas vantagens para o aquecimento do setor.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou durante o evento uma redução dos juros imobiliários atrelados à poupança. “Os juros ficarão em 0,5% ao mês + remuneração da poupança, que está em 0,66%. Ao somarmos os dois, dá 0,71% ao mês, multiplicando por 12 meses, é 8,52% ao ano. Enquanto isso, o consórcio tem uma taxa de administração de 1,2% ao ano. Aí já dá para medir que, mesmo com as reduções, o financiamento ainda sai caro”, explica o diretor da Ademicon.

Em relação ao Programa Casa Verde e Amarela, as taxas de juros vão sofrer uma redução de 0,5%. Ou seja, se elas variavam de 4 a 7%, de acordo com a faixa de renda e região do país, agora passarão a ser, em média, de 3,5 a 6,5% ao ano. Mais uma vez, para quem pode se programar e não tem pressa em adquirir um imóvel, o consórcio ainda se torna mais vantajoso financeiramente.

Fonte: G1