Clipping – Casa Vogue – 10 dicas para ter sucesso nos investimentos imobiliários

O mercado imobiliário é um caminho que muitos escolhem na hora de fazer investimentos financeiros. Seja a pessoa uma novata ou veterana dos empreendimentos, sempre há mais para aprender e, assim, poder crescer seus negócios de forma saudável.

Para apoiar quem está nessa empreitada a não cometer nenhum erro, a Casa Vogue ouviu dois especialistas do mercado imobiliário para dar dicas valiosas sobre o tema, daquelas de guardar na cabeceira da cama e nunca mais esquecer.

Veja abaixo 10 conselhos que vão te ajudar a se tornar um investidor imobiliário de sucesso.

1. Compreenda a trajetória do mercado local
Nada dura para sempre. Por isso, é importante não se concentrar apenas na realidade atual de um bairro ou cidade e dedicar um tempo para entender os mercados que existem ali dentro, antes de efetuar um investimento.

“Estudar o histórico recente de preços na região do imóvel é fundamental para evitar frustrações com o desempenho do investimento”, explica Arthur Malcom, head de Compra e Venda do QuintoAndar.

2. Certifique-se de que possui a tecnologia adequada
Alexandre Frankel, CEO da Housi, destaca alguns itens que devem ser considerados na hora de escolher um investimento imobiliário: “o edifício deve oferecer condições adequadas de sustentabilidade e conectividade, assim como opções de segurança nos acessos, elevadores e áreas comuns, por exemplo”.

Além disso, também é preciso estar atento às tecnologias que surgem diariamente para facilitar a vida dos proprietários ou locadores. À medida que a concorrência se torna mais acirrada, é fundamental poder oferecer opções como pagamentos de aluguel online ou tours virtuais para conhecer propriedades.

3. Planeje os ciclos do mercado
As mudanças que esse meio sofre constantemente impactam de forma direta as estratégias de investimentos. Reserve um tempo para considerar os melhores momentos para comprar (quando o mercado sobe), para vender (quando o mercado cai) e até mesmo se você pode manter os imóveis em uma desaceleração do mercado.

Segundo Alexandre, isso tudo é influenciado pela própria demanda, além de fatores como inflação e taxa de juros. “Mesmo um bom investimento pode oscilar junto com esses ciclos, por isso é importante se planejar de acordo com eles”, explica.

4. Crie uma perspectiva sobre preços
O preço de compra é um fator importantíssimo na hora de realizar um investimento, por isso o interessado deve estar bastante seguro em relação a ele. Arthur Malcom ressalta que um valor acima do mercado pode resultar em rentabilidade menor com o aluguel e potencial mais baixo de capturar a valorização imobiliária.

“Não é simples obter informações de qualidade para definir o preço de compra, o que requer paciência e clareza em relação às expectativas com o investimento”, explica.

Após essa avaliação criteriosa dos valores envolvidos, o investidor deve estar disposto a propor acordos, caso necessário. “Nesse mercado, os valores são altos e existem muitas variáveis, como forma de pagamento, escala de investimento, entre outras. Por isso, a negociação faz parte da dinâmica e não se pode ter receio em fazê-la”, conta Alexandre Frankel.

5. Compreenda as regulamentações locais
A maior parte dos investidores está atenta às implicações fiscais do investimento imobiliário, mas, à medida que a política habitacional toma o centro do palco nos níveis federal, estadual ou local, a probabilidade de que as mudanças na política afetem seu retorno e risco é maior.

Alexandre exemplifica alguns fatores que podem entrar na jogada: “ações de zoneamento tomadas por uma prefeitura, decisões do Ministério da Economia, além de mudanças urbanísticas como a implantação de uma estação de metrô, tudo isso afeta o desenvolvimento de um investimento neste mercado”.

Segundo o CEO, há hoje diversas fontes que podem ajudar na avaliação desses riscos, como corretores, mídia especializada, analistas, casas de investimentos e incorporadoras.

6. Garanta que tem o capital suficiente
Na hora de investir em casas ou apartamentos, é importante garantir que você possui todo o capital suficiente. E Arthur explica: “isso vai além do simples valor do imóvel que o investidor vai comprar, inclui desde impostos e taxas que caem sobre a transação até caixa para arcar com IPTU e condomínio, caso a unidade ainda não esteja locada”.

Fora essas despesas, ainda podem ocorrer imprevistos como cobertura de algum furto ou roubo, reparos emergenciais e manutenções necessárias. Por isso é preciso ter sempre um dinheirinho extra na conta e não ser pego de surpresa por esses gastos.

7. Considere o gerenciamento de risco
Também é necessário ter consciência dos riscos aplicáveis ao seu investimento – afinal, você pode proteger suas responsabilidades se algo acontecer em uma de suas propriedades?

É importante verificar sempre as apólices de seguros contratados para as propriedades, como contra incêndios ou inundações. Além disso, Alexandre destaca: “o investidor deve fazer uma análise minuciosa do imóvel na sua aquisição, afinal ele pode já apresentar riscos nesse momento”.

Para se proteger, o CEO também recomenda que a pessoa foque em bons contratos e tenha uma excelente assessoria jurídica, protegendo-se, inclusive, contra o risco de inadimplência.

8. Avalie a liquidez do seu investimento
Alexandre aconselha que a escolha de um imóvel para se investir sempre leve em conta a sua liquidez. Por isso, escolha um local que tenha alta demanda e que possa ser vendido a qualquer momento, se necessário. “Vale a pena pagar um pouco a mais, se for o caso, por um imóvel que possa ser alugado ou vendido rapidamente”, explica.

9. Escolha bons parceiros
Outro ponto destacado pelos especialistas é a escolha de bons parceiros para seu negócio – sejam corretores, imobiliárias, advogados, contadores, administradores de imóveis e demais personagens que possam estar envolvidos. “O custo deles vai ser sempre barato frente ao que eles vão te fazer ganhar ou impedir de perder”, ressalta o CEO.

10. Seja paciente e estruture seus negócios para o futuro
Por último, destaca-se que os planos que variam dos investimentos imobiliários exigem paciência e pensamento estruturado para o futuro, principalmente se a ideia não é colocar os imóveis para locação. “A rentabilidade pela valorização imobiliária é de longo prazo e sujeita a fatores externos de mercado, por isso esse período deve sempre ser levado em consideração”, explica Arthur Malcom.

Além disso, é preciso pensar se você planeja vender as suas propriedades em algum momento ou repassá-los para as próximas gerações, por exemplo, e se estruturar para essa decisão.

Fonte: Casa Vogue