Clipping – Jornal Extra – Casa própria com juros de 4,75% ao ano

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Ter um teto para chamar de lar. O desejo de milhões de pessoas que ainda não têm casa própria pode ser realizado neste ano por muitos brasileiros. A Caixa lançou no dia 1º de março uma nova linha de financiamento com a menor taxa de juros do mercado: 4,75% ao ano e prazo de até 420 meses (35 anos) para pagar. O valor financiado pode chegar a 80% do valor do imóvel e permite ainda o uso do FGTS. A linha chamada de Crédito Imobiliário Poupança Caixa tem a taxa efetiva de 3,35% mais a remuneração adicional da poupança, que está em 1,4% ao ano.

A nova linha de crédito vale para a aquisição de imóveis novos ou usados, construção e reforma, e está disponível também para quem tem conta em outros bancos e fizer sua portabilidade para a Caixa. O aporte inicial nessa nova opção de financiamento é de R$ 30 bilhões e pode ser reforçado se houver demanda.

— Essa nova linha de crédito era muito esperada e atende às necessidades do mercado, pois contempla as pessoas que buscavam um empréstimo atrelado à poupança para se sentir mais seguras — afirma o superintendente regional da Caixa Sidney Soares Filho.

Quem tiver interesse na nova linha pode fazer simulações de financiamento no site da Caixa ou no aplicativo de celular ‘Habitação Caixa’ e iniciar on-line a contratação do empréstimo. Quem não tem acesso à internet deve procurar as agências e correspondentes do banco.

O candidato ao empréstimo não pode comprometer mais do que 30% da renda familiar com as prestações mensais. O simulador do banco mostra que, para um imóvel de R$ 150 mil, o financiamento seria de R$ 119 mil, com entrada de cerca de R$ 30 mil. O comprador teria, nesse caso, 197 meses para pagar.

Mercado otimista

No mercado imobiliário, essa nova linha de financiamento para a casa própria está sendo recebida com muito otimismo. Para o diretor regional da Novolar, Marcos Alexandre Barbosa, o crédito atrelado à poupança contribui ainda mais para alavancar a demanda por imóveis, por conta das taxas muito atrativas.

— Nunca tivemos juros tão baixos, e as perspectivas do setor são ótimas. Muitas pessoas estão mais preocupadas com o valor das prestações mensais do que com o preço do imóvel. Se a parcela cabe no bolso, elas compram e tocam a vida.

Marcos Barbosa estima que as vendas foram aquecidas no ano passado, mesmo em meio à pandemia, graças à combinação da queda dos juros com fatores como o home office, redução de despesas das pessoas que continuaram empregadas e a valorização do lar em tempos de distanciamento social.

— As pessoas passaram a ter um olhar diferente para a importância da casa e do patrimônio. A tendência de valorização do espaço familiar e os juros baixos do crédito continuarão a estimular a procura pela casa própria — aposta ele. A Novolar tem seis lançamentos programados para 2021, totalizando 2,1 mil unidades residenciais.

O estímulo que a nova linha de financiamento traz para o mercado é destacado também pelo diretor comercial e de incorporação da Direcional Engenharia, João Adriano Nobre, que ressalta a importância da construção civil para a geração de emprego e renda no país.

— O mercado imobiliário trabalha com visão de longo prazo, e qualquer iniciativa que crie condições favoráveis para a compra de imóveis é importante para o desenvolvimento do setor.

Brasil tem 800 mil moradias em construção

País tinha 6 mil contratos de obras financiados pela Caixa no começo de março

No início deste mês, a Caixa tinha seis mil contratos de obras, com cerca de 800 mil moradias em construção, que criaram quase dois milhões de empregos diretos e indiretos no setor imobiliário. O saldo de crédito do banco bateu recorde histórico no ano passado. Foram mais de meio trilhão de reais em financiamento habitacional, com mais de 5 milhões de contratos.

O crédito para a casa própria vinculado à poupança faz da Caixa o banco líder nacional na oferta de financiamento imobiliário. No ano passado, foram R$ 53,7 bilhões em crédito com esses recursos, o que significa mais que o dobro do volume concedido em 2019 e quase três vezes o valor de 2018.

O resultado foi reflexo da suspensão temporária do pagamento das prestações para ajudar as famílias em dificuldade financeira durante a pandemia. O pagamento das parcelas foi suspenso em 2,5 milhões de contratos, mas em quase todos (97,8%) já foi restabelecido. A inadimplência na carteira habitacional de pessoas físicas no final do ano passado era de apenas 1,28%. Números para lá de animadores.

Fonte: Jornal Extra