Clipping – Estadão – 7 dicas práticas para comprar imóvel em leilão

Comprar um imóvel em leilão não é uma atividade simples, exige conhecimento, estudo, preparo e muitas vezes a ajuda de um advogado.

A principal vantagem desse modelo de negócio é o preço, em média 40% menor. A compra, porém, pode ser desvantajosa se o interessado deixar de checar algumas questões, como dívidas contratuais, condominiais ou até impostos acumulados antes de dar o lance.

Veja como evitar problemas:

1 – Só entre nessa se puder esperar

O maior risco de um leilão é o tempo que pode demorar para o contemplado entrar no imóvel adquirido. Isso porque muitas unidades que são negociadas ainda não foram desocupadas pelos seus antigos donos. Ao concluir a compra, o novo proprietário ganha uma carta de arrematação para solicitar a desocupação, que pode necessitar de intervenção judicial e demorar. Por isso, participar desse processo só é indicado para quem pode e tem paciência para esperar.

2 – Prefira imóveis desocupados

Se for preciso entrar com uma ação para despejar o morador, o interessado terá um custo adicional. O banco pode preferir repassar esse processo de desocupação da unidade ao novo proprietário e, assim, evitar despesas com taxas de condomínio em atraso e a própria ação judicial. Por isso, é melhor arrematar um apartamento que já foi desocupado.

3 – O edital deve ser lido e relido

No edital estão as principais informações sobre o imóvel a ser leiloado: a data do leilão, o valor mínimo de venda, o estado de conservação, quem é o vendedor e de quem são as responsabilidades por cada um dos custos excedentes, como impostos e taxas de condomínio.

4 – Marque uma visita antes de fechar o negócio

Faça uma inspeção minuciosa, se possível com a presença de técnicos especializados em obras e reformas, já que o comprador não poderá devolvê-lo sob a alegação de problemas não-aparentes. Se alguém ainda estiver morando no bem, é possível que ele se recuse a abrir a porta e permita a visitação dos interessados. Entre em contato com o leiloeiro e verifique se é necessário fazer um cadastro antes da visita.

5 – Defina seu lance

Não vá ao leilão com a expectativa de comprar um bom imóvel pelo lance mínimo. Quanto melhor a localização e o estado de conservação dele, maior é a chance de que vários interessados se apresentem. De certa forma, o leiloeiro estimula uma disputa acirrada. Em um leilão viva-voz, o interessado apenas levanta a mão e cabe ao leiloeiro dizer o valor do lance. Quando há muitos interessados, o leiloeiro pode elevar o lance em R$ 5 mil a cada vez que alguém levantar a mão, por exemplo. Quando percebe que a disputa começa a ficar morna, o leiloeiro passa a aumentar os lances de R$ 500 em R$ 500, evitando que a disputa se encerre rapidamente. É importante não se deixar enganar com as técnicas do anunciante e definir um valor máximo de arrematação – que não seja de maneira nenhuma ultrapassado.

6 – Assessoria jurídica sempre ajuda

Um imóvel pode ir a leilão por atraso no pagamento do financiamento, quando ele vira propriedade do banco ou por via judicial, com ações movidas por falta de pagamento de mensalidades de condomínio ou Imposto Predial e Território Urbano (IPTU). É imprescindível consultar um advogado que ajude a levantar as dívidas do atual morador. O comprador pode ter que arcar com débitos deixados por ele. O profissional também pode verificar se há ações judiciais contra a execução da negociação.

Nem sempre os bancos esperam o julgamento final dessas ações para colocar oferecer o apartamento de forma extrajudicial. Se o proprietário não foi informado sobre a venda, ele pode entrar com uma ação para anular o negócio, mesmo que ele já tenha sido arrematado.

7 – Registre a propriedade após a arrematação

Muitos imóveis leiloados possuem outras penhoras – inclusive essa informação deve constar no edital. Para que o bem comprado não seja arrematado em outro leilão, é necessário comunicar a aquisição ao cartório o mais rápido possível. A venda fica registrada na matrícula do imóvel.

 

Fonte: Estadão

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