Clipping – G1 – Novo conceito de lar, que traz lazer aliado ao home office, aquece setor imobiliário

A pandemia do coronavírus mudou os hábitos e trouxe novas perspectivas. Com as pessoas vivendo mais tempo dentro de casa, o conceito de “lar” ganhou um novo significado e isso tem sido uma oportunidade para os arquitetos.

A arquiteta Claudine Gottardo tem feito vários projetos para quem quer adaptar o lar a essa nova realidade durante a pandemia. A maioria quer fazer mudanças para aliar o lazer ao homem office.

“Tudo está acontecendo dentro de casa. Até as pessoas que viviam algo provisório com o home office estão vendo que isso não tem data para acabar e se acabar, talvez não queiram mudar isso porque perceberam que está funcionando bem. Então é uma questão de você adaptar o lugar para trabalhar e desfrutar do seu lar porque a sua única opção segura de lazer, teoricamente, é dentro de casa”, explica.

Não só os grandes cômodos foram ressignificados. No apartamento da comerciante Karina Manfrinato um pequeno quarto, além de closet passou a ser um escritório.

“Aqui já foi quarto de hóspede e conforme foi precisando de mais espaço de armário fizemos o closet e agora com a pandemia, nós tivemos que fazer um escritório improvisado.”

Para quem pode ir além da reforma, esse pode ser um bom momento para investir em um novo imóvel. É o que aponta a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias.

“Estruturalmente, é hora pra quem quer comprar um imóvel. Porque, as taxas de juros nunca estiveram tão baixas. No Brasil e no mundo. Os imóveis tão com os preços adequados para fazer uma boa aquisição”, destaca o presidente da associação, Luiz Antônio Franca.

“Além disso, nós fizemos um estudo muito interessante, que mostrou a valorização dos imóveis – ao longo dos anos. Nós fizemos um estudo de 2009 a 2019 e nesses dez anos o imóvel valorizou. Então, o imóvel é interessante para moradia, e passou a ser interessante, também, para investimento”, completa.

Uma prova disso é o aquecimento do setor no estado de São Paulo. Segundo o Sindicato da Habitação, quase 3 mil novos imóveis foram vendidos na capital no mês de junho. Um número 24% maior que o mês de maio.

O Secovi não tem dados do centro-oeste paulista, mas, segundo os especialistas dessa área o setor tá aquecido, em Bauru.

“A gente tá conseguindo se adaptar ao novo modelo de negócio. A gente sentiu muitos clientes postergando a decisão de compra pelas incertezas que poderiam acontecer em suas vidas e com o tempo isso foi diminuindo. Novos clientes vieram pra mesa. Então, a gente viu que, nesse período, uma adaptação no mercado imobiliário, e as coisas voltaram a acontecer numa velocidade que aconteciam antigamente”, afirma Mauri Leite, diretor regional de vendas.

O gerente comercial Vinícius Giglioli é um dos que foi além da repaginação e está ansioso para entrar no novo lar. Como um dos recursos nessa pandemia, ele conheceu o novo apartamento por meio da realidade virtual aumentada e está contando os minutos para se mudar.

“Não vejo a hora de subir no elevador e colocar a minha mudança na nova casa.”

Fonte: G1

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