Clipping – Monitor Mercantil – Mercado imobiliário residencial registra variação de 0,55% em junho

O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), medido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) variou 0,55% em junho, desacelerando em relação ao desempenho de maio (1,06%). Apesar disso, a variação acumulada em 12 meses manteve a trajetória dos últimos meses, registrando 10,06% em junho contra 9,85% no mês anterior. Diferentemente do resultado nacional, três das capitais analisadas pelo IGMI-R/Abecip apresentaram aceleração nas respectivas variações mensais dos preços de seus imóveis residenciais: Rio de Janeiro (0,14% em junho ante 0,02% em maio), Recife (0,15% em junho ante 0,06% em maio), e Curitiba (1,08% em junho ante 0,82% em maio).

No entanto, entre essas três capitais, apenas Curitiba manteve a trajetória de aceleração nas variações acumuladas em 12 meses (10,08% em junho ante 9,12% em maio). Apesar do aumento nas variações mensais para o Rio de Janeiro e Recife, essas variações foram modestas em termos absolutos, revertendo ligeiramente nos dois casos as trajetórias de aceleração nos resultados acumulados em 12 meses. Goiânia foi a terceira capital registrando essa ligeira reversão no resultado acumulado em 12 meses, enquanto as demais sete capitais mantiveram as respectivas trajetórias de aceleração sob essa ótica.

As diferenças regionais entre esses resultados do mês que fechou o primeiro semestre do ano podem ser vistas como responsáveis pela heterogeneidade no que ainda representa um processo de recuperação geral nos preços dos imóveis residenciais em todo o país.

O Rio de Janeiro, única entre as 10 capitais analisadas pelo IGMI-R/Abecip a apresentar variação acumulada negativa no primeiro semestre de 2019, ainda mostra uma recuperação lenta, com a menor variação acumulada no primeiro semestre de 2020. São Paulo continua sendo o destaque tanto nas variações acumuladas em 12 meses quanto na variação acumulada durante o primeiro semestre de 2020. De qualquer maneira, todas as 10 capitais, tanto sob a perspectiva dos resultados acumulados em 12 meses quanto no primeiro semestre de 2020, mantém a recomposição dos valores reais de seus imóveis residenciais, considerando-se as variações acumuladas dos índices de preços ao consumidor nos dois períodos.

A oscilação dos resultados no mês de junho ilustra os desafios que ainda permanecem para uma recuperação mais robusta nos preços dos imóveis residenciais no Brasil. De um lado, a indústria de construção civil foi relativamente pouco afetada pelas medidas de distanciamento social quando comparada à maioria dos outros setores, e as condições de financiamento vêm sendo continuamente beneficiadas pelo processo de queda nas taxas de juros. De outro, apesar dos resultados de vários indicadores sugerirem que o pior momento da atividade econômica parece ter ficado para trás, a intensidade e velocidade da recuperação estão sujeitas a incertezas relativas às dinâmicas interligadas do mercado de trabalho e da própria pandemia, tornando consumidores e investidores mais cautelosos.

Fonte: Monitor Mercantil

 

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