Clipping – Exame – Brasileiros investem em imóveis nos EUA para diversificar investimentos, preservar patrimônio e garantir a aposentadoria

Diante da queda de juros que acontece na economia brasileira há alguns anos, surge a necessidade de diversificar os investimentos, seja para aumentar rentabilidade, preservar o patrimônio ou garantir a reserva de emergência para futura aposentadoria.  O momento também é oportuno, já que a política nacional agora favorece o bom relacionamento entre os países. Os valores dos aportes dos brasileiros no exterior mais que dobraram nos últimos 10 anos. Em 2008, eram US$ 209,488 bilhões, de acordo com os números do Banco Central. No início de 2018 nos aproximamos de US$ 500 bilhões.

O amplo mercado de ações americano continua sendo um atrativo, mas dado a complexidade deste universo muitos preferem o mercado imobiliário para começar. Tanto que dados de 2017 do Banco Central Brasileiro mostram U$ 6,2 bilhões investidos em imóveis, sendo 34,4% deles nos Estados Unidos. Neste sentido, um dos locais preferidos pelos brasileiros tem sido os EUA.

“Por muitos anos, as famosas ‘vacation homes’, casas de férias que você aluga para turistas durante o período em que estiver no Brasil, foram a alternativa mais popular. Os resultados são questionáveis, pois nem todos tiveram o sucesso e a rentabilidade esperados”, afirmam os sócios-diretores da Imóveis USA, Fábio Tavares e Tarcisio Ciampone.

Vale a pena investir fora do Brasil?

Tudo dependerá da estratégia e da assessoria prestada no seu caso. Segundo os empresários da Imóveis USA, a economia aquecida e a legislação favorável ao investidor tornam este mercado extremamente atrativo para quem deseja diversificar a carteira. “O grande segredo está na compra da propriedade. Existem inúmeras estratégias de aquisição como leilões de banco, leilões dos condados, em que é possível pagar, muitas vezes, menos que 50% do valor de mercado na propriedade. Com esta margem de lucro na mão, é possível reformar e vender com alta rentabilidade.”

Uma opção após comprar um imóvel de investimento é a locação para criação de renda mensal em dólar. “As incertezas políticas tornam o Brasil um país pouco seguro para ter 100% do seu capital investido. Em um momento de crise severa no futuro, nossa moeda pode valer muito pouco internacionalmente e isso é preocupante. Já tivemos exemplos negativos na América do Sul, como o caso da Venezuela”, analisa Fábio Tavares, que junto com o seu sócio já realizou mais de 50 operações no modelo “flipping houses” nos EUA.

Case: proteção do patrimônio financeiro inicial e lucratividade para manter os estudos internacionais do filho

A administradora de empresas, Evelise Soares, começou a pensar no mercado americano em 2013 para garantir o futuro do seu filho Luis Henrique, que sempre quis estudar fora do Brasil. “Visitei o país, fiz cursos, conversei com pessoas para entender como funcionava o mercado internacional. Especialistas me desaconselharam a investir nas ‘vacation homes’, já que a manutenção das casas estava diminuindo a lucratividade da atividade”, explica.

Na análise dela e de seu marido Alan Soares, com o patrimônio que tinham não seria possível manter o planejamento de estudos internacionais do filho. “Os valores ficariam incompatíveis por causa da nossa discrepância de moedas. A estratégia de Flipping Houses foi uma forma de proteger o patrimônio, manter o capital inicial e obter lucratividade para sustentar o nosso objetivo. O Luis Henrique já fez o High School, o College e, em 2020, ingressa na universidade.”

Em apenas 8 meses, o casal obteve uma rentabilidade de 15%. “Nossa proposta era de conhecer o mercado, abrir uma empresa e entender a dinâmica da operação. Hoje, vejo o quanto estamos protegidos se tratando da variação que temos da nossa moeda brasileira. Nossa despesa é em dólar, se não fizéssemos isso, estudar fora do país seria inviável”, diz Evelise.

Case: a visão de quem reforma imóveis para Flipping Houses

Fora do Brasil há 25 anos, morador do estado de Oklahoma (EUA), Adriano Cordeiro, realiza reformas de imóveis no exterior. Com 18 anos, ele foi morar com sua família fora do Brasil, e com apenas 22 conseguiu comprar uma propriedade por $235 mil.

“Reformei e a vendi por $ 410 mil. Foi uma emoção. A partir daí, não parei mais. Dependendo da demanda, chego a realizar a reforma de mais de 20 casas por ano na estratégia de Flipping. A dica é encontrar a casa no bairro certo e fazer a reforma com olhos para o investimento: pensar na mecânica da casa, que é o telhado, encanamento, parte elétrica e o ar condicionado, é essencial para a venda do imóvel”, diz.

Case: rendimento de até 24% em um ciclo de 7 meses

Por meio de uma indicação de amigo, o empresário Nilton Junior, pós-graduado em gestão de negócios, conheceu o trabalho da Imóveis USA. “O conteúdo veiculado nas redes sociais sobre investimentos nos EUA me chamou a atenção pela assessoria e estrutura operacional e administrativa que eles prestam no mercado. Minha principal necessidade era diversificar a carteira, principalmente pelo fato da moeda americana ser mais forte. Já participei de diversas operações nos EUA, mas com a Imóveis USA estou no segundo investimento, sendo que na primeira já obtive um rendimento de 24% em um ciclo de 8 meses”, revela.

Na opinião de Junior, o investimento fora do país exige alguns cuidados relacionados à avaliação dos parceiros certos. “A estratégia de Flipping é interessante, traz segurança, pois seu capital fica praticamente todo lastreado no próprio imóvel. Antes de me aliar com bons profissionais, investia meu dinheiro predominantemente em fundos de renda fixa”, finaliza.

Fonte: Exame

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