Antes de março, apenas 3% dos compradores adquiriam um imóvel sem visitá-lo. A pandemia causou uma pequena elevação de 2 pontos percentuais nesse mercado de compras virtuais, segundo um novo estudo da National Association of Realtors (NAR).
“Tradicionalmente, as pessoas não compravam casas sem visitar antes. O número ainda não é grande, mas subiu um pouco, e de fato vimos essa tendência ganhar força”, afirmou Jessica Lautz, vice-presidente de demografia e informações comportamentais da NAR.
Para a maioria dos compradores, os tours virtuais facilitam muito a seleção dos imóveis. Em média, os compradores conheceram cinco casas on-line e quatro presencialmente durante a pandemia, em comparação com nove casas presencialmente em 2019, de acordo com o órgão. O ano de 2020 foi o primeiro em que a NAR solicitou que os compradores especificassem o número de casas que viram pelo tour virtual.
“Estamos aplicando essa tecnologia de diversas formas, seja para criar um tour virtual 3D ou colocar um corretor ou vendedor fisicamente na casa para mostrá-la ao comprador. Os vendedores estão usando essa tecnologia de forma criativa e encontrando formas de preservar a própria segurança e ainda apresentar a casa”, pontuou Lautz, afirmando que os membros da NAR esperam que a tecnologia virtual continuará sendo usada depois da pandemia.
Anúncios que oferecem tours virtuais e 3D geraram 300% mais engajamento e 10 vezes mais cliques que os anúncios tradicionais durante a pandemia, de acordo com o Zumper, um serviço de anúncios on-line de São Francisco. Os vendedores perceberam esse salto e se adaptaram para atender às preferências dos clientes. Cerca de 27% dos vendedores ofereceram tours virtuais durante a pandemia, contra 16% antes de abril, segundo a NAR.
“O mundo evoluiu de imagens planas e não interativas para vídeos semi-interativos até chegar à mídia 3D totalmente imersiva de hoje”, analisou Gregory Ardbelava, CEO das produtoras de tours 3D de Nova York 3D Apartment e Listing3D.
Fonte: Yahoo Finanças
