Clipping – R7 – Bancos leiloam 373 imóveis com até 75% de desconto. Como arrematar?

pandemia do novo coronavírus não tem afetado o mercado de leilões de imóveis. Até o fim do mês, oito bancos vão leiloar 373 imovéis. Um dos principais atrativos dos imóveis arrematados em leilões é o preço. Esses empreendimentos são ofertados, em média, com até 40% de desconto.

Porém, nesses leilões há opções com desconto de até 75%. Caso de uma residência de 120 m² de área de terreno, 113.29 m² de área construída, em Nossa Senhora da Glória (SE), que está sendo vendida com o lance inicial de R$ 39.690. O imóvel está ocupado, com processo para desocupação em trâmite. Os imóveis são dos bancos: Bradesco, BMG, BTG Pactual, Itaú Unibanco, Pan, Pine, Santander, Safra.

Os lances vão de R$ 23.500 (para um terreno desocupado de 200 m², em Parnamirim, no Rio Grande do Norte), do Banco Itaú, a R$ 7.456.680 (para uma casa desocupada de 1539 m² de área útil e 6064 m² de área total, no Rio de Janeiro), do Banco Santander.

Principais cuidados

1- Credibilidade da empresa

Para o leiloeiro Fernando Cerello, da Mega Leilões, o primeiro passo para quem deseja comprar um imóvel em leilão é checar a idoneidade da empresa.

Leia mais: Programa Casa Verde e Amarela deve regularizar 2 milhões de imóveis

A pesquisa pode ser feita no TJ (Tribunal de Justiça) do seu Estado. As empresas de leilões precisam estar cadastradas no órgão para atuar, segundo Cerello.

2- Ler o edital

O leiloeiro diz que é importante estar atento ao edital e ler o material por completo. Uma dica é pedir o auxílio de um advogado para fazer a análise antes de realizar a compra.

“A leitura do edital permite ao comprador saber se o imóvel está ou não ocupado, possíveis dívidas, processos, valores e formas de pagamento”, alerta André Zukerman, CEO da Zukerman Leilões.

3- Visitar imóvel ou bairro

Zukerman pede que, se possível, o comprador visite o imóvel para observar as condições ou, até mesmo, a rua e o bairro onde ele fica para avaliar a infraestrutura da região.

Se o imóvel estiver ocupado e não permitir a visita internamente, uma opção é visitar algum apartamento do mesmo prédio para ter uma ideia da estrutura do imóvel.

Circular pela região é recomendado para o futuro comprador observar o que tem no bairro: farmácia, supermercado, escola, hospital, por exemplo. Também ajuda a verificar se a região é muito movimentada ou barulhenta.

Os especialistas orientam, inclusive, a ir ao local em todos os horários – manhã, tarde e noite – para fazer uma análise mais detalhada.

4- Faça as contas

Quem arremata um imóvel, não arca apenas com o valor da compra e da comissão do leiloeiro.

A operação tem outros gastos embutidos que podem encarecer o valor: documentação, escritura e ITBI (Impostos de Transmissão de Bens Imóveis).

Além disso, se o imóvel estiver ocupado, ou seja, se o antigo morador ainda mora lá ou o seu inquilino, o custo para retirá-lo de lá é integralmente do novo dono.

Por isso, é importante colocar tudo na ponta do lápis para saber se o desconto dado no leilão vale a pena.

“O comprador também precisa lembrar que o imóvel pode precisar de reformas”, diz Zukerman.

Vantagens dos leilões

As condições de pagamento dos imóveis arrematados, de acordo Zukerman, vem sendo facilitadas cada vez mais.

Veja mais: Caixa inclui ITBI e custo cartorário em financiamento da casa própria

“Os leilões estão se tornando cada vez mais uma opção viável para compra de imóveis devido ao volume de oportunidades abaixo do mercado e às condições de pagamento”, diz Zukerman.

Fonte: r7

Deixe um comentário