Clipping – Jornal do Comércio – Negociômetro do Quinto Andar soma R$ 43,8 milhões na pandemia

Abalado pela inadimplência, queda na busca por locações ou entrega de imóveis devido à pandemia, o mercado de aluguéis busca soluções com apoio da tecnologia para reduzir impactos a donos de imóveis e inquilinos. A imobiliária virtual Quinto Andar criou, logo após detectar efeitos do novo coronavírus nos pagamentos, o negociômetro, que reúne ações que vão de descontos, parcelamentos e à revisão de valores e até ajuda de custo para corretores da plataforma.

O placar em tempo real da ferramenta soma, até este domingo (26), mais de R$ 43,8 milhões entre todas as frentes. O negociômetro pode ser acessado no site da empresa, que tem uma carteira de mais de R$ 28 bilhões em ativos para locação, por isso ela se considera a maior imobiliária do Brasil.

A ferramenta coloca inquilinos e proprietários frente à frente, não fisicamente, claro, para as tratativas. “Um dos grandes valores da nossa empresa é a empatia. A plataforma reúne inquilinos, proprietários e corretores num exercício de se colocar no lugar do outro”, diz gerente executivo de estratégia do Quinto Andar, o gaúcho Arthur Malcon.
Do total até agora transacionado, R$ 23 milhões envolvem negociações de aluguéis, entre abatimentos, novos valores e parcelamentos, além de acertos para colocar em dia contratos. O negociômetro também computa os beneficiados nessas tratativas, que somam mais de cem mil pessoas, entre o titular da locação e os familiares que ocupam a moradia.
“O Quinto Andar apoia na interface. Muitos proprietários deram desconto de forma voluntária. E não precisa avisar que o acordo foi fechado. É só acionar um botão (na ferramenta) para encerrar e a informação já é processada”, explica o executivo. A solução para facilitar a interlocução foi sendo desenvolvida à medida que a crise foi se instalando. Um chat foi criado para fazer a aproximação. Em junho, a imobiliária virtual reuniu todas as ações, que incluem até apoio financeiro a corretores e fotógrafos – que atuam na operação das locações -, em torno do negociômetro.
O apoio financeiro a corretores e fotógrafos, que faz as imagens postadas de cada oferta, é de até 70% do que esses profissionais obtinham no período anterior ao novo coronavírus. Outra iniciativa foi dar a inquilinos a opção de parcelar o aluguel no cartão de crédito.
O gerente executivo cita que, no começo da pandemia, houve queda forte da demanda, mas que a movimentação vem sendo retomada, tanto em contratos como em visitas. “Estamos vendo a demanda voltar ao pré-crise”, analisa Malcon. A condição de mercado e dos inquilinos afetou preços dos imóveis para locação.
Pesquisa do Quinto Andar na base de dados de Porto Alegre indicou queda de 8,3% no valor médio no segundo trimestre frente ao primeiro. Mais de 60% dos bairros com busca de locações tiveram redução de valores. Outra mudança acompanhada é a migração de interesse, com inquilinos trocando moradia em bairros mais centrais pelos mais distantes, preferindo casa a apartamento e imoveis com mais quartos, para ajustar a vida ao home-office.
A imobiliária também informa que pagou mais de R$ 200 milhões em aluguéis atrasados a proprietários, dentro do sistema de proteção que adota desde 2015. Donos de imóveis recebem os valores dos aluguéis em dia mesmo quando os inquilinos atrasam ou não realizam o pagamento, explica a empresa.

 

Fonte: Jornal do Comércio

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